quarta-feira, 23 de outubro de 2019

III - A profecia

Precognição consciente 



2016




Resumo



 Este causo é representativo do fenómeno da precognição, o "conhe­ci­mento prévio e entendimento de um fato ou acontecimento futuro, que ainda virão a ocorrer." (Conscienciopedia, 2010). Trata-se de um caso de precognição metódica, ou seja, uma previsão realizada conscientemente através de determinada técnica.
 
 Os fenómenos que aqui me proponho abordar ocorreram na altura em que frequentava o liceu. A minha participação num quiz que ocorreu no final de uma palestra a que havia ido assistir foi o gatilho para o despontar de fenómenos anómalossincronisticos poltergeist, que ocorreram enquanto eu orava por um sinal que pudesse revelar o momento da minha participação.


Caso




Imagem relacionada
Escola Fernão de Magalhães



 A tarde em que tudo ocorreu parecia ser uma como qualquer outra. As aulas estavam perto do fim e eu cada vez mais desejoso de poder voltar para casa. Quando a campainha sinalizando o começo da penúltima aula, apressei-me a passos largos até à sala onde esta decorreria, para ser então informado de que no lugar da seguinte realizar-se-ia uma palestra sobre as alterações climáticas no anfiteatro do nosso liceu. Quando a hora chegou e fui até lá, fiquei surpreso com a quantidade de alunos lá presentes. O espaço estava a abarrotar! Além da nossa turma, encontravam-se lá umas outras duas, alguns professores e duas jovens que se apresentaram como as palestrantes.


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Anfiteatro do Liceu


 A palestra decorreu normalmente. 
 Já perto do final, as duas jovens anunciaram que seria feito um pequeno jogo:

Os alunos seriam agrupados em duplas, cada uma com um número identificativo correspondente registado num pequeno papel; as palestrantes recolheriam, então, todos os papeis e guardariam-os dentro de um saco de pano, onde seriam baralhados e, por fim, sorteados. Quando saísse determinado número, o grupo ao qual o mesmo estivesse associado, teria de responder a uma questão sobre o tema da palestra. O jogo terminaria apenas quando não restasse papel algum no saco.

 Na altura, sendo eu uma pessoa especialmente inibida, fiquei extremamente desconfortável com a ideia de que teria de me expor daquela forma, perante tanta gente.
Questionava-me incessantemente, motivado por um intenso desejo de uma resposta que pudesse pacificar tão desagradável sentimento, sobre o momento em que a sorte faria a sua escolha. De súbito, para tantas indagação, cujas respostas pareciam não existir, surgiu algo; uma recordação de algo que, no passado, já me havia socorrido em ocasiões semelhantes; uma procedimento que me havia sido revelada e que através da qual se tornava possível fazer previsões sobre a ocorrência de determinados eventos num futuro próximo. De modo geral, o processo consistia em estabelecer uma profunda e intensa conexão com Deus e aguardar, sem qualquer vestígio de dúvida, que as respostas se manifestassem simultânea e paralelamente através de um sinal externo e de um sinal interno.
 Atentei-me, então, aos detalhes do que me rodeava, procurando o Sinal que revelasse o momento em que a nossa dupla seria chamada.


 Poucos grupos ainda haviam sido sorteados, e à medida que o tempo passava, a ansiedade e a tensão consumiam-me cada vez mais, Mais e MAIS... Até que, subitamente, a luz do anfiteatro foi abaixo. A inquietação instalou-se no local! A sala havia sido mergulhada na escuridão, contudo, não houve um outro momento em que enxerguei com tamanha clareza! Revelou-se então aquele que sempre me acompanhava nos momentos de maior tensão. Era algo como uma exclamação divina, um impulso que atestava a veracidade do Sinal que se manifestou pela Luz. Movido por essa voz, virei-me para o meu colega de grupo e sem qualquer sombra de dúvida profetizei: "A nossa dupla será a seguinte a ser chamada."
 Assim que a luz voltou, a mulher retornou à mesa sobre a qual o saco aguardava, colocou dentro dele a sua mão e de lá retirou um pequeno papel. Desembrulhou-o e, depois de o ler, exclamou em voz alta: “Número 19”. Era precisamente o número da nossa dupla!



Análise



Sincronicidades

  Todos a cadeia de eventos que decorreu, queda da luz (sinal externo), a intuição (sinal interno) e a nossa chamada (acontecimento), estão conectados de forma sincronística. A sincronicidade, segundo o psiquiatra Carl Gustav Jung, é uma coincidência significativa entre o que acontece dentro e o que acontece fora. Estas relações curiosas entre a mente inconsciente e a matéria, podem ser observadas no caso quando, no memento em que a luz se foi a baixo, paralelamente, veio a mim uma forte intuição atestando a veracidade daquela ocorrência.  

 Assim como a causalidade descreve a sequência dos acontecimentos, a sincronicidade lida com a coincidência de eventos. Assim, os eventos, já referidos, não têm qualquer relação de causa e efeito, mas estão conectados graças ao significado que eu lhes atribuía com base na técnica.


terça-feira, 22 de outubro de 2019

II - Projeção astral em Seul

Simulcognição Projetiva




29/04/2019




Resumo



 Este causo é representativo do fenómeno da simulcognição projetiva "uma das classificações das faculdades Psi-Gamma, sendo por divisão prática, mais precisamente, o conhecimento da realidade presente." (Wikipédia, 2014). Trata-se, pois, de um caso de projeção astral, ou seja, da "saída da consciência do corpo humano e uma suposta manifestação em uma dimensão extrafísica" (Wikipédia, 2019)

 Os fenómenos que aqui me proponho abordar ocorreram na sequência de um pequeno teste no qual me prontifiquei a fazer uma viagem astral a Seul, Coreia do Sul, e recolher algumas informações cruciais sobre a cidade.


Caso




 Recordo-me de que na altura em que este caso se deu tinha por costume assistir a vídeos sobre projeção astral do Moisés Esagüi, nos quais relatava experiências de simulcognição projetiva cuja autenticidade havia sido por ele confirmada quando tudo aquilo que ele havia presenciado fora do corpo, em sítios onde ele nunca tinha estado, demonstrou ter um forte substrato documental.

Sonho


 Na noite em que tudo ocorreu comecei por ter um sonho relativamente normal, sem o apresentar de qualquer grau de consciência.
 A dada altura, o "Eu do sonho*" resolveu que aquele seria o momento perfeito para fazer uma projeção astral. Deslocou-se, então, para junto de uma grande e confortável poltrona. Depois de nela se acomodar, deu início aos habituais exercícios preparatórios. - Foi algo estranho, como se estivesse a sonhar que sonhava; algo como um sonho dentro do próprio sonho! 

 A passagem da 3º para a 1º pessoa do singular marcam a minha tomada de consciência dentro do sonho.

 Assim que se deu a projeção, teletrasportei-me para Seul, uma grande cidade situada na Coreia do Sul. Porém, algo estranhamente curioso aconteceu. Quando os meus olhos repousaram sobre aquilo que parecia ser um corpo semi-materializado, contemplei uma rara e memorável façanha que me deixou eufórico! 
 Adentrei pela cidade flutuando lentamente; as ruas transbordam de asiáticos que circulavam apressadamente de um lado para o outro. Os prédios eram colossais. Olhei em volta deslumbrado com tamanha grandeza. Dentre todos aqueles que observei destacou-se um pela sua forma e altura; pareceu-me ser mesmo o maior da cidade. (Imagem 1)
 Segui flutuando pelo passeio da estrada, vilumbrando pelo caminho pequenos cafés e restaurantes. Quando, por fim, cheguei ao final da rua deparei-me com um edifício singular. Fixei-o atentamente: a fachada havia sido pintada numa tonalidade escura de azul acinzentado; haviam duas grandes portas uniformes com um fundo de cor igual ao das paredes, adornadas com "dragões chineses" dourados (Imagem 4). Fiquei ali parado por alguns momentos observado e atentando-me aos seus detalhes. Parecia um restaurante de comida chinesa, talvez, ou mesmo uma casa de chá... segurei a porta com as minhas mãos; estava decidido a abri-la e a descobrir o que se encontrava lá dentro, porém, perdi o meu foco quando uma senhora que estava no café do outro lado da rua chamou por mim.
 Continuei a minha viagem por uma outra estrada. Virei num cruzamento que parecia dar acesso à periferia da cidade e prossegui por uma longa descida ladeada por uma densa fileira de árvores. Quando, mais à frente vi um outro desvio decidi seguir por ele em direção a um pequeno vilarejo formado por algumas casas tradicionais coreanas.
 Enquanto subia por aquela estrada emparalelada, estendia-se a meu lado uma longa muralha. Quando cheguei ao topo, apoiei-me sobre essa muralha e contemplei o vasto horizonte. Aquela perspetiva da cidade era simplesmente deslumbrante! (Imagem 2)

 Teletransportei-me para um outro ponto da muralha, onde observei uma pequena abertura (Imagem 3). Aproximei o meu rosto e espreitei por ela. O que vi, deixou-me simplesmente maravilhado! A vista era lindíssima! Sobre o vale repousava uma uma longa e espessa camada de vegetação encoberta por um leve nevoeiro e, bem lá ao fundo, estava a grande cidade.




(Imagem 1)


(Imagem 2)


(Imagem 3) 


(Imagem 4)


(Imagem 4) Ainda não consegui encontrar a foto correspondente. Se alguém conhecer este edifício entre em contacto comigo, por favor.



 A cena da “projeção astral” foi a altura do apogeu de consciência, nessa noite. Houveram certos momentos em que notei uma queda drástica da mesma, o que pode ser a causa de alguns dos devaneios oníricos - aspetos que não correspondiam com a realidade.

Acordado


 Só depois de desenhar o que vi no sonho é que fui pesquisar por informação, a respeito da cidade, na Internet. Eis que, para minha grande surpresa, muito daquilo que eu vira coincidia com a realidade.



Edifício semelhante ao da Imagem 1






Paisagens semelhante à da Imagem 2



















Paisagem semelhante à da Imagem 3
e janelinhas por onde eu espreitei



 Tal como já referi, o prédio da "(Imagem 1)", no sonho, parecia ser o mais alto da cidade. Quando fui pesquisar a respeito, descobri que, na verdade, não o era. O edifício, chamado de N Seoul Tower, tem uma altura de apenas 236 m, porém, devido à sua localização geográfica, marca sim o ponto mais alto de Seul.


Esta lista contém os edifícios concluídos na Coreia do Sul com altura mínima de 200 metros.


Lista dos arranha-céus mais altos em construção





 Nunca havia visto foto alguma da cidade. Se o tivesse feito, certamente teria aquela sensação de deja vu, quando confrontado com as imagens



Análise



 Apesar de achar que nunca tinha visto foto alguma da cidade, antes de sair em projeção, seria possível que já o tivesse feito a tempo suficiente para que não mais o recordasse? Talvez. Todas as impressões ficam retidas no inconsciente, e o sonho é uma porta de entrada para o mesmo...

 Depois de analisar minuciosamente o caso, concluí que não havia evidências suficientes para afirmar a sua autenticidade. Porém, relutante em negar a experiência, pedi a Deus um sinal em sua confirmação. Foi exatamente isso o que veio a acontecer! - Parte 2




Ver a Parte 2



III - A profecia

Precognição consciente  2016 Resumo  Este causo é representativo do fenómeno da precognição, o "conhe­ci­mento prévio e ...